quinta-feira, 8 de março de 2012

Índice GINI do Brasil.

Desigualdade social cai pelo 12º ano consecutivo, diz FGV

Índice mostra país no menor nível histórico, apesar de estar entre os 12 mais desiguais

Lucianne Carneiro – O GLOBO

7/03/12
RIO — A desigualdade social no Brasil caiu pelo décimo segundo ano seguido, segundo dados divulgados pelo Centro de Politicas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta quarta-feira. O índice de GINI (taxa medida entre 0 e 1, quanto mais próximo de 1 maior é desigualdade do país) chegou a 0, 5190 em janeiro de 2012 ante 0, 5377 em 2010. Em 2001, a taxa era de 0, 5957.
— O Brasil está na contramão de sua história pregressa e de outros países emergentes e desenvolvidos. Estamos no menor nível de nossa história em termos de desigualdade. Mesmo assim, o Brasil continua entre os 12 países mais desiguais do mundo — afirmou o economista Marcelo Neri da FGV.
A crise europeia, segundo Neri, não atingiu o bolso do brasileiro. Dados da pesquisa mensal de emprego do IBGE compilados pela FGV mostram que o crescimento da renda per capita foi de 2,7% entre janeiro de 2011 e janeiro deste ano. A taxa média entre 2002 e 2008 também tinha sido de 2,7%. Entre maio de 2010 e maio de 2011 a alta tinha sido de 6,1%.
— Andamos muito bem debaixo das chuvas e trovoadas das crises internacionais — disse o economista, reconhecendo, no entanto que o ritmo de crescimento da economia brasileira não foi tão forte.
Classe AB é a que mais vai crescer no Brasil, diz FGV
Após o ingresso de 40 milhões de pessoas na classe C, no período entre 2003 e 2011, outros 13 milhões de brasileiros devem fazer parte da classe média brasileira até 2014, de acordo com estimativa de Marcelo Neri. Já a classe AB, que ganhou 9,2 milhões de pessoas entre 2003 e 2011, deve ter um aumento de mais 7,7 milhões de brasileiros entre 2012 e 2014.
— Já vimos o crescimento forte da classe média. Agora, a classe que mais vai crescer é a classe AB. Até 2014, essa expansão será 29,3%, enquanto a classe C crescerá 11,9% — disse Neri.
Segundo a classificação da FGV, a classe A é aquela com renda superior a R$ 9.745. A classe B, por sua vez, tem renda familiar entre R$ 7.475 e R$ 9.745. Já a classe C é representada por famílias com renda entre R$ 1.734 e R$ 7. 475. A classe DE tem renda familiar inferior a R$ 1.734.
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