Vereadores de São Paulo estão
fraudando o painel eletrônico da Câmara para garantir votos e presença
quando estão fora do plenário, revela o jornal O Estado de S. Paulo, que
nas últimas três semanas flagrou pelo menos 17 dos 55 parlamentares
praticando a irregularidade, ao longo das 20 sessões realizadas no
período. Funcionários da mesa da Presidência utilizam um terminal de uso
exclusivo dos parlamentares para marcar os nomes dos envolvidos e
evitar descontos na folha de pagamento. Cada falta custa R$ 465. Até
quem está na Casa comete a fraude, usando um dispositivo instalado ao
lado do elevador exclusivo dos parlamentares, que permite a marcação
secreta.
A fraude na marcação da presença
de vereadores ainda possibilita a formação de quóruns falsos e,
consequentemente, a aprovação irregular de projetos de lei por meio de
votações simbólicas - procedimento adotado quando não é exigido o
registro do voto nominal. O presidente da Câmara, José Police Neto
(PSD), não quis comentar o assunto. Responsável pela compra do painel e
pelo sistema de marcação de presença digital, o ex-presidente da Casa
Antonio Carlos Rodrigues (PR), não esconde que fica pouco no plenário.
Em 2008, o painel custou R$ 1 milhão aos cofres da Câmara.
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