Governo suspende reunião com servidores em greve
Foto: LEO FONTES/Folhapress
Data do encontro, marcado para amanhã, havia sido acordada como prazo final para apresentação de uma proposta; segundo diretor do Condsef, "orientação agora é intensificar a greve e as manifestações em todo o país"
A data (31 de julho) havia sido acordada como prazo final para apresentação de uma proposta, a fim de que os servidores tivessem tempo suficiente para analisá-la. Isso porque após 30 de agosto já não será mais possível modificar a previsão orçamentária para 2013.
Por meio da assessoria de comunicação, o Planejamento confirmou o envio do ofício, mas disse que a negociação da pauta geral foi apenas adiada. Segundo o órgão, as reuniões com as categorias para debater assuntos específicos estão mantidas. Amanhã, está previsto, por exemplo, encontro com servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Para Sérgio Ronaldo da Silva, diretor do Condsef, a suspensão é "mais um sinal de que o governo não tem proposta". "Ele mesmo [governo] tinha fixado essa data do dia 31. A orientação agora é intensificar a greve e as manifestações em todo o país", disse. Segundo ele, uma ação de panfletagem está marcada para hoje (30), às 16h, na Rodoviária do Plano Piloto, zona central de Brasília.
Segundo o diretor, os servidores querem a correção da inflação desde 2010 e a aplicação do crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB), o que representaria um reajuste salarial de 22,08%. O Ministério do Planejamento, no entanto, descartou a proposta dos grevistas e desde então as categorias esperam uma contraproposta.
No início de julho, o governo autorizou o corte de ponto dos servidores federais em greve. Os funcionários no Distrito Federal recorreram à Justiça, que concedeu liminar suspendendo a medida. O Ministério do Planejamento informou que a Advocacia-Geral da União (AGU) está recorrendo da decisão.
Gastos com Pessoal da União
(Diretos, Indiretos, Civis, Militares, Ativos, Aposentados, Pensionistas, Ex-Territórios
e DF) – Fonte MP
Base: Ano de 2011
O custo total de pessoal
da União aumentou de R$ 75,0 bilhões (5,07% do PIB) em 2002 para R$ 183,3
bilhões (4,86% do PIB) em 2010. Incremento nominal de 144,40% em relação ao ano
de 2002, e queda real em relação ao PIB de 4,14%. Em 2011 o custo total com
pessoal da União migrou para R$ 197,4 bilhões (4,76% do PIB). Incremento
nominal de 7,69% em relação ao ano de 2010 e queda real em relação ao PIB
2,06%.
Em 2011 o rendimento
médio/mês per capita com pessoal ativo da União - 1.229.710 servidores (881.123
civis e 348.587 militares) foi de R$ 8.037,12, enquanto a média/mês per capita
nacional para os trabalhadores formais nas atividades privadas é de R$ 1.650,00
(79,47% menor).
No
governo Lula (2003/2010), comparando com dezembro de 2002, houve aumento do
efetivo da União da ordem de 171.395 servidores: Legislativo - 4.171;
Judiciário - 39.134; Executivo Militar - 42.581; Executivo Civil - 119.629 e
redução de Ex-Territórios e DF de (34.120).
No
governo Dilma (2011), comparado com dezembro de 2010, houve aumento do efetivo
da União da ordem de 22.535 servidores: Legislativo - (502); Judiciário –
4.974; Executivo Militar – 10.808; Executivo Civil – 11.965; Ex-Territórios e
DF – (4.710).
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