Empresa do candidato Celso Russomanno tem bens bloqueados
A ND Comunicação, agência de
publicidade da qual o candidato à Prefeitura de São Paulo Celso
Russomanno (PRB) é sócio, está bloqueada judicialmente e com os bens
indisponíveis. O bloqueio, pedido pela Fazenda Nacional e autorizado
pela Vara da Fazenda Pública de Diadema, ocorreu em 19 de março deste
ano e tem como alvo o empresário Laerte Codonho, sócio do candidato e
dono da marca de refrigerantes Dolly.
O Estado revelou no sábado,
28, que, em 2004, Russomanno, que se apresenta ao eleitorado e em
programas de TV como defensor dos consumidores, usou seu mandato na
Câmara para defender Codonho em audiência pública. Depois, o empresário
tornou-se, além de sócio, o maior doador de campanha do ex-deputado
federal na disputa ao governo paulista em 2010 e patrocinador de um de
seus programas de TV.
Codonho foi condenado a cinco
anos de prisão em regime semiaberto em novembro de 2011, por crime
contra a ordem tributária. Ele recorre da decisão em tribunais
superiores.Na ação penal a que o empresário responde e que corre sob
segredo de Justiça, a desembargadora Ramza Tartuce informa que Codonho
foi condenado por crimes relatados pela Receita Federal. Segundo a
desembargadora, o Fisco informou ter verificado, em auditoria feita na
Dolly, a sonegação de impostos por meio da omissão de receitas. A
Receita, então, encaminhou uma representação criminal contra Codonho e a
empresa.
Esquema.
Uma testemunha que relatou à Justiça o suposto esquema de sonegação foi o ex-funcionário Pedro Quintino de Paula, que trabalhou na Dolly entre 1995 e 2001. Em entrevista , Quintino afirmou que Codonho ordenava o pagamento de 20% dos tributos devidos."No ano 2000, eles chegavam a sonegar entre R$ 1,8 milhão e R$ 2 milhões por mês", afirmou. "Desde o inicio pagávamos 20% do valor dos impostos que deveriam ser pagos. Nunca se recolheu 100%."
Uma testemunha que relatou à Justiça o suposto esquema de sonegação foi o ex-funcionário Pedro Quintino de Paula, que trabalhou na Dolly entre 1995 e 2001. Em entrevista , Quintino afirmou que Codonho ordenava o pagamento de 20% dos tributos devidos."No ano 2000, eles chegavam a sonegar entre R$ 1,8 milhão e R$ 2 milhões por mês", afirmou. "Desde o inicio pagávamos 20% do valor dos impostos que deveriam ser pagos. Nunca se recolheu 100%."
Quintino disse que uma gráfica
imprimia notas fiscais em duplicidade para a Dolly. "Repetia o mesmo
número duas vezes, ou até três, quando precisava para fazer um valor de
20% para o Fisco e de 100% do cliente."
O ex-funcionário foi convidado
por Russomanno para a audiência em que ele defendeu a Dolly. Segundo
Quintino, a reunião foi um jogo de "cartas marcadas". "A audiência toda
foi comandada pelo Laerte Codonho." Ele disse avaliar que o empresário
e Russomanno tenham combinado o tom do encontro. - Com informações do,
O Estado de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário