Azeredo contou com voto favorável de Gilmar
Foto: Divulgação
Acusado por Carta Capital de ter se beneficiado do “mensalão mineiro”, pago na gestão do ex-governador Eduardo Azeredo, o ministro Gilmar Mendes, do STF votou pelo arquivamento do caso; decisão não prevaleceu e o ex-governador mineiro é réu na Ação Penal 536, por peculato e lavagem de dinheiro
Por trás dos números, estão dois processos interconectados. A ação 470 diz respeito ao mensalão petista, que veio a público em 2005. A ação 536 é referente ao mensalão tucano, que foi revelado logo depois, mas que ocorreu em 1998, na campanha à reeleição de Eduardo Azeredo, em Minas Gerais.
Neste fim de semana, às vésperas do julgamento da ação 470, ocorreu também uma batalha midiática. Três revistas semanais – Veja, Época e Istoé – dedicam sua capa ao mensalão petista. Carta Capital publicou uma lista com supostos beneficiários do mensalão tucano. Um deles seria o ministro Gilmar Mendes, do STF, que teria recebido R$ 185 mil – o que ele nega, com veemência. Gilmar também ameaça processar Carta Capital.
Na acusação de Carta Capital, Azeredo e seu braço direito, Walfrido dos Mares Guia, teriam organizado uma campanha de R$ 100 milhões em Minas Gerais, mas ele acabou sendo derrotado por Itamar Franco. Os recursos seriam provenientes de estatais, como Cemig e Codemig, e também das agências do publicitário Marcos Valério, como DNA e SMPB.
Em seu voto, Gilmar afirmou que o candidato é responsável pelo que ocorre em sua campanha, mas discordou da tese de que Azeredo seria “mentor por ser beneficiário”. O ministro argumentou ainda que a responsabilidade política difere da responsabilidade penal. E votou pelo arquivamento total da denúncia contra Azeredo.
Foi voto vencido. Assista, abaixo, ao vídeo em que Gilmar fala em favor de Azeredo:
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