Veja faz jogo de empurra no escândalo Andressa
Foto: Edição/247
De Veja em Brasília para Veja em São Paulo, dirigida por
Eurípedes Alcântara (à dir.), para o Depto. Jurídico da Abril, presidida
por Fábio Barbosa (à esq.), o que se tem é um nada a declarar; 247, O
Globo e Agência Brasil procuraram posição sobre ameaça de Andressa
Mendonça contra juiz federal, de que haveria um dossiê contra ele feito
por Policarpo Jr. a pedido de Carlos Cachoeira; quem cala, consente?
Brasil 247.com
Apesar da forte demanda por um esclarecimento, Veja e a Editora Abril optaram, até às 18h50, pelo silêncio. A atitude causou estranhamento, uma vez que a publicação e pródiga em requerer informações de suas fontes e costuma fazer fortes cobranças sobre suas solicitações. Agora, no entanto, em sua vez de se posicionar, Veja, dirigida pelo jornalista Eurípedes Alcântara, e a Abril, presidida pelo ex-banqueiro Fábio Barbosa, optaram por uma postura diversa.
Abaixo, notícia distribuída pela Agência Brasil a respeito:
Luciana Lima - Repórter da Agência Brasil - Brasília – Na decisão judicial que determinou buscas e o comparecimento de Andressa Mendonça à Polícia Federal hoje (30) em Goiânia, o juiz Mark Yshida Brandão diz que ela usaria como objeto de chantagem um suposto dossiê que seria publicado pelo jornalista Policarpo Júnior, diretor da sucursal da revista Veja em Brasília.
De acordo com o juiz, nesse dossiê, haveria "informações desfavoráveis" ao juiz Alderico Rocha Santos, titular do inquérito que apura as denúncias contra o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido Carlinhos Cachoeira, marido de Andressa.
"Narra o magistrado [Alderico Santos] que a requerida [Andressa] noticiou a existência de um dossiê contendo informações desfavoráveis a ele, que seria publicado pelo repórter Policarpo na revista Veja, mas que ela poderia evitar a publicação. Para tal, bastaria que o juiz federal concedesse liberdade ao réu Carlos Augusto de Almeida Ramos e o absolvesse das acusações ofertadas pelo Ministério Público", destaca o texto do juiz Mark Brandão, diretor do Foro da Seção Judiciária de Goiás, durante o plantão judiciário no domingo (29).
Brandão considerou que Andressa teria oferecido ao juiz como vantagem indevida a "ingerência com o jornalista para evitar publicação de dossiê contendo fatos ligados à vida do magistrado".
Hoje de manhã, Andressa foi conduzida de forma coercitiva à sede da Polícia Federal, onde chegou às 9h30. Ela deixou a sede da corporação em Goiânia às 12h15. Durante o depoimento, ela permaneceu em silêncio. De acordo com informações da Polícia Federal, Andressa terá de pagar fiança de R$ 100 mil e está proibida de se comunicar com qualquer investigado no processo, inclusive seu marido.
A Agência Brasil entrou em contato com a redação da revista Veja em Brasília e foi informada que o assunto estava sendo tratado pela redação de São Paulo. Em contato com a redação de São Paulo, a Agência Brasil foi orientada a procurar o Departamento Jurídico da revista. Em São Paulo, o Departamento Jurídico disse que nada tem a declarar sobre o assunto.
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