O ex-secretário particular de Marconi
Perillo (PSDB), Lúcio Fiuza Gouthier, teria sido sócio do governador e
de sua esposa, Valéria, em uma empresa. De acordo com informações
publicadas neste domingo no jornal O Estado de S. Paulo, Fiuza, que foi
exonerado pelo governador de Goiás após investigações da Polícia
Federal, dividia a empresa MP Assessoria Empresarial com a
primeira-dama. A MP foi criada em 2006, ano em que o governador
concorreu ao Senado, e fechada logo no ano seguinte.
Ainda segundo o jornal, Fiuza
era homem de confiança de Perillo, e foi responsável por um empréstimo
de R$ 150 mil para o governador no ano da venda de uma casa em um
condomínio de luxo em Goiânia, no qual Cachoeira foi preso em fevereiro
passado. Perillo dobrou seu patrimônio naquele ano. Em nota, Perillo
afirmou que a sociedade com Lúcio é pessoal e se nega a informar quais
eram as atividades da empresa.
Uma investigação da Polícia Federal
teria identificado um saque de R$ 8,5 milhões, realizados no ano
eleitoral de 2010, a partir de empresas fantasmas criadas pelo esquema
do empresário Carlos Cachoeira. De acordo com informações publicadas na
Folha de S. Paulo neste domingo, a quebra do sigilo revelou que o
movimento foi quase o dobro do que a Polícia Federal havia identificado
na Operação Monte Carlo.
Ainda segundo o jornal, dados
sugerem que o dinheiro sacado passa de R$ 16 milhões. Para fazer os
saques, a JR Prestadora de Serviço, uma das empresas de Cachoeira,
emitia cheques nominais a si própria, e pessoas autorizadas pela empresa
descontavam os cheques. Integrantes da CPI acreditam que o montante
tenha irrigado campanhas eleitorais. O dinheiro tem como origem a
empreiteira Delta, principal fonte das empresas fantasmas usadas pelo
esquema e maior recebedora do governo federal desde 2007.
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