Foto: Edição/247
Presidente boliviano Evo Morales, que teme ser alvo de um golpe semelhante ao paraguaio, informou neste sábado que fechará sua embaixada em Assunção; não haverá representação diplomática enquanto o país tiver um presidente que seja “produto de um golpe parlamentar”
No Paraguai, o vice-presidente Federico Franco assumiu o governo paraguaio há uma semana, depois que Fernando Lugo foi alvo de um impeachment. A decisão de Morales amplia seu isolamento na América do Sul, depois que o Paraguai teve direitos suspensos no Mercosul e na Unasul. A Bolívia é o primeiro país sul-americano a fechar sua embaixada em Assunção.
Morales disse ainda que “para ele e para o povo boliviano, Fernando Lugo segue sendo o presidente paraguaio”. Sua decisão também atende a interesses pessoais diretos. Na esteira do golpe paraguaio, o vice-presidente boliviano Alvaro García Linera disse que Evo poderia sofrer um golpe parlamentar semelhante ao sofrido por Lugo. O pretexto seria um motim policial.
O alerta motivou um manifesto de intelectuais de esquerda em defesa de Evo Morales, que cumpre seu segundo mandato. Ao longo de sua história, a Bolívia experimentou 186 golpes de Estado desde a sua independência – uma média de quase um a cada ano.
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