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“Policarpo usou, foi usado ou era da quadrilha”
Foto: Edição/247
Ao 247, deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) levanta as três hipóteses para relação de Policarpo Jr., editor-chefe da revista Veja, com organização de Carlinhos Cachoeira; parlamentar tem dossiê com cem páginas, feito pela PF, sobre relacionamento; ele vai convocar o jornalista à CPI
Durante as últimas três semanas, assessores do Dr. Rosinha cruzaram o conteúdo dos grampos telefônicos com matérias publicadas pela Veja nas semanas subsequentes aos diálogos. O resultado é a certeza do parlamentar de que havia troca de favores entre os dois. "Cachoeira era bem mais do que fonte do Policarpo. As gravações provam", garantiu o deputado. "No mínimo, era um paceirão".
"Um jornalista ter fonte não é problema, mas essa fonte solicitar que se faça determinada matéria, sim", afirmou Dr. Rosinha justificando o seu requerimento. "Policarpo não está sendo convocado como testemunha ou indiciado, é uma oportunidade para se explicar", explicou.
O parlamentar contou que pelo menos três matérias de Veja teriam sido feitas a partir das orientações de Cachoeira. As reportagens sobre os encontros do ex-ministro José Dirceu no Hotel Naoum, a gravação de pagamento de propina que resultou na CPI dos Correios e acusações contra o ex-diretor do Denit Luiz Antônio Pagot teriam correspondências com as conversas entre Policarpo e Cachoeira.
Dr. Rosinha questiona a participação de Policarpo nestes processos. "Ele foi usado pela organização criminosa? Usava a organização? Fazia parte da quadrilha?", pergunta. "É o que quero saber".
Nenhum dos depoimentos prestados até agora pela Comissão tratou da relação entre Policarpo e Cachoeira. Caso a convocação seja aprovada e o jornalista fique calado, Rosinha afirmou ao 247 que vai continuar analisando a comunicação do diretor da sucursal da revista.
O requerimento será analisado na próxima terça-feira 14. Além deste, a CPMI tem 269 pedidos para avaliar.
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