Globo se assanha e 'panfleta' pela privatização da Petrobrás
O jornalão "O Globo" ficou assanhado e publicou um artigo de um tal de Rodrigo Constantino com o título "Privatizem a Petrobras".
O assanhamento foi por conta de um único prejuízo em um trimestre, que não se repetirão nos próximos.
O argumento é a velha ladainha neoliberal demotucana: o livre mercado é que deveria definir o preço da gasolina sem interferência do governo, e a empresa não poderia construir plataformas no Brasil, pois ele acha que uma concorrência internacional poderia economizar alguns trocados.
O tucanófilo entreguista se esquece que a Petrobras chegou ao tamanho que é, realizou a exploração no pré-sal, e é uma das maiores responsáveis por desenvolver o mercado de biocombustíveis, graças a ser estatal. Além disso, as encomendas que faz na indústria brasileira gera empregos que proporcionam renda para o consumo dos próprios produtos que vende, e tem função macroeconômica no equilíbrio da balança cambial.
Fosse a empresa dada de bandeja para a Chevron, como querem estes vendilhões da pátria, a "mão invisível" do mercado poderia achar mais barato soltar bombas em países como a Líbia para comprar petróleo mais barato lá do que desenvolver a produção de poços de petróleo em águas ultra-profundas do pré-sal. Esse fenômeno aconteceu na Argentina, com a Repsol privatizada abandonando a exploração para importar petróleo, gerando rombos na balança comercial.
Para êxtase de gente como José Serra, Aécio Neves e FHC, o artigo chama a petroleira de "Petrossauro", como chamava Roberto Campos, e ainda tem o disparate de dizer que o Brasil importa derivados pela empresa ser estatal, o que é uma justamente o contrário. Quando a Petrobras estava sendo desmontada pela gestão demotucana, eles se recusavam a investir em refinarias. A mão invisível do mercado acha pouco lucrativo esse investimento, e prefere exportar petróleo e importar gasolina. Resultado: os governos Lula e Dilma estão tendo que correr atrás do prejuízo.
O guru tucano ainda tem a cara-de-pau de chamar de eficiência a privataria do sistema Telebrás, quando a falta de eficiência das teles privadas chegou ao ponto de serem proibidas de vender novas linhas, enquanto não se enquadraram com investimentos adequados para prestar um serviço público decente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário