Mantega: Brasil está preparado para tsunami monetário
07 de março de 2012 | 13h 51
EDUARDO CUCOLO, EDUARDO RODRIGUES E CÉLIA FROUFE - Agencia Estado
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que o "tsunami monetário" pode atingir o Brasil, mas que o País está preparado para evitar essa forte entrada de dólares. Segundo ele, 2012 não será um ano fácil, porque a crise internacional continua e o desafio maior é a recuperação da indústria brasileira.
Por isso, o governo vai tomar várias medidas na área cambial e de defesa comercial para garantir que esse setor possa usufruir do crescimento do mercado interno. Ao falar do câmbio, afirmou que o governo não vai permitir que haja especulação com o real no mercado futuro e à vista.
"Temos vários trilhões de dólares que serão injetados na economia mundial e que não têm muito para onde ir. Isso vai causar desvalorização das moedas desses países, acirrando a guerra cambial. Estamos preparados para isso, não vamos deixar o real se desvalorizar", afirmou o ministro, durante o balanço do primeiro ano do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).
Ele acrescentou que o câmbio tem reagido às medidas que o governo toma e pode tomar. "O mercado está mais precavido na hora de se expor porque sabe que perde dinheiro se investir na hora errada", avaliou. "Temos muita munição, o mercado sabe disso e respeita o propósito do governo em não permitir que o dólar se valorize", completou.
Segundo Mantega, houve um agravamento da turbulência externa nos últimos dias, que também impactou as taxas de câmbio. Para ele, mesmo os países emergentes mais dinâmicos, como a China, estão desacelerando, com impacto em todos os mercados.
Exportações
O ministro elogiou ainda o desempenho comercial do Brasil em 2011, quando as exportações cresceram apesar do encolhimento dos mercados internacionais e do que chamou de "luta renhida" entre os países para ocuparem esses espaços. "Mesmo assim conseguimos aumentar embarques. É verdade que mais em commodities porque é difícil ganhar mercado com bens industriais no momento", acrescentou.
"Conseguimos ficar com o dólar acima de R$ 1,70. É um patamar que melhora a competitividade das exportações brasileiras, mas não é ideal. Apesar de não existir patamar ideal, quando maior for a cotação melhor para a indústria", avaliou, lembrando que ontem o dólar fechou em R$ 1,76.
Ele pediu mais investimentos das empresas estatais, especialmente da Petrobras, e mais crédito e juros menores dos bancos públicos. Mantega disse à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, que não faltarão recursos para a empresa, que deve investir mais de R$ 80 bilhões neste ano, e que o governo vai pressionar a diretoria a usá-los.
Por isso, o governo vai tomar várias medidas na área cambial e de defesa comercial para garantir que esse setor possa usufruir do crescimento do mercado interno. Ao falar do câmbio, afirmou que o governo não vai permitir que haja especulação com o real no mercado futuro e à vista.
"Temos vários trilhões de dólares que serão injetados na economia mundial e que não têm muito para onde ir. Isso vai causar desvalorização das moedas desses países, acirrando a guerra cambial. Estamos preparados para isso, não vamos deixar o real se desvalorizar", afirmou o ministro, durante o balanço do primeiro ano do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2).
Ele acrescentou que o câmbio tem reagido às medidas que o governo toma e pode tomar. "O mercado está mais precavido na hora de se expor porque sabe que perde dinheiro se investir na hora errada", avaliou. "Temos muita munição, o mercado sabe disso e respeita o propósito do governo em não permitir que o dólar se valorize", completou.
Segundo Mantega, houve um agravamento da turbulência externa nos últimos dias, que também impactou as taxas de câmbio. Para ele, mesmo os países emergentes mais dinâmicos, como a China, estão desacelerando, com impacto em todos os mercados.
Exportações
O ministro elogiou ainda o desempenho comercial do Brasil em 2011, quando as exportações cresceram apesar do encolhimento dos mercados internacionais e do que chamou de "luta renhida" entre os países para ocuparem esses espaços. "Mesmo assim conseguimos aumentar embarques. É verdade que mais em commodities porque é difícil ganhar mercado com bens industriais no momento", acrescentou.
"Conseguimos ficar com o dólar acima de R$ 1,70. É um patamar que melhora a competitividade das exportações brasileiras, mas não é ideal. Apesar de não existir patamar ideal, quando maior for a cotação melhor para a indústria", avaliou, lembrando que ontem o dólar fechou em R$ 1,76.
Ele pediu mais investimentos das empresas estatais, especialmente da Petrobras, e mais crédito e juros menores dos bancos públicos. Mantega disse à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, que não faltarão recursos para a empresa, que deve investir mais de R$ 80 bilhões neste ano, e que o governo vai pressionar a diretoria a usá-los.
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