Posted: 19 Mar 2012 09:28 AM PDT
“Os defensores dos torturadores e dos
agentes da repressão da ditadura militar de 1964 não falam pelos militares
brasileiros. Um grupo de militares da reserva, entre eles um herói da Segunda
Guerra Mundial, divulgou um manifestou em resposta ao documento dos clubes
militares que atacou as ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e
Eleonora Menicucci (Mulheres), que criticaram a ação repressiva durante a
ditadura militar e apoiaram a investigação daqueles crimes pela Comissão da
Verdade.
Vermelho / Estadão
O novo manifesto foi articulado pelos
capitães de mar e guerra Luiz Carlos de Souza e Fernando Santa Rosa e tem o
apoio de militares como o brigadeiro Rui Moreira Lima, de 93 anos de idade e
herói da Segunda Guerra Mundial: ele é um dos dois únicos pilotos sobreviventes
que participaram de ações da Força Aérea Brasileira (FAB) na Itália, tendo
cumprido 94 missões de combate; ele foi condecorado com a Cruz de Combate
(Brasil), a Croix de Guerre avec Palmes (França) e a Distinguished Flying Cross
(EUA) por heroísmo.
Lima apoia a Comissão da Verdade. “Ela é necessária não para punir, mas para dar satisfação ao mundo e aos brasileiros sobre atos de pessoas que, pela prática da tortura, descumpriram normas e os mais altos valores militares”, disse. Embora defenda o direito dos militares da reserva de se manifestarem, Lima e os militares que assinam o novo manifesto não se sentem à vontade em endossar um documento na companhia de torturadores. “Eles citam o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra”, diz o pesquisador Paulo Cunha, da Unesp, para quem este novo manifesto “mostra que o Clube Militar não é uma entidade monolítica, que há vozes discordantes.” Os articuladores do documento dizem que seus colegas da reserva não falam pelos militares da ativa nem mesmo por muitos daqueles que estão na reserva. O capitão de mar e guerra Fernando Santa Rosa não escolhe as palavras: quem está por trás do documento são “os fascistas, os saudosos da ditadura”, disse.
Os apoiadores do novo manifesto reconhecem a necessidade da Comissão da Verdade. Para o brigadeiro Lima, “ela é necessária não para punir, mas para dar satisfação ao mundo e aos brasileiros sobre atos de pessoas que, pela prática de tortura, descumpriram normas e os mais altos valores militares. Segundo o manifesto, os “torturadores (militares e civis), que não responderam a nenhum processo, encontram-se 'anistiados', permaneceram em suas carreiras, e nunca precisaram requerer, administrativa ou judicialmente, o reconhecimento dessa condição, diferentemente de suas vítimas, que até hoje estão demandando junto aos tribunais para terem os seus direitos reconhecidos”. E pergunta: “Onde estão os corpos dos que foram mortos pelas agressões sofridas?”
Lima apoia a Comissão da Verdade. “Ela é necessária não para punir, mas para dar satisfação ao mundo e aos brasileiros sobre atos de pessoas que, pela prática da tortura, descumpriram normas e os mais altos valores militares”, disse. Embora defenda o direito dos militares da reserva de se manifestarem, Lima e os militares que assinam o novo manifesto não se sentem à vontade em endossar um documento na companhia de torturadores. “Eles citam o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra”, diz o pesquisador Paulo Cunha, da Unesp, para quem este novo manifesto “mostra que o Clube Militar não é uma entidade monolítica, que há vozes discordantes.” Os articuladores do documento dizem que seus colegas da reserva não falam pelos militares da ativa nem mesmo por muitos daqueles que estão na reserva. O capitão de mar e guerra Fernando Santa Rosa não escolhe as palavras: quem está por trás do documento são “os fascistas, os saudosos da ditadura”, disse.
Os apoiadores do novo manifesto reconhecem a necessidade da Comissão da Verdade. Para o brigadeiro Lima, “ela é necessária não para punir, mas para dar satisfação ao mundo e aos brasileiros sobre atos de pessoas que, pela prática de tortura, descumpriram normas e os mais altos valores militares. Segundo o manifesto, os “torturadores (militares e civis), que não responderam a nenhum processo, encontram-se 'anistiados', permaneceram em suas carreiras, e nunca precisaram requerer, administrativa ou judicialmente, o reconhecimento dessa condição, diferentemente de suas vítimas, que até hoje estão demandando junto aos tribunais para terem os seus direitos reconhecidos”. E pergunta: “Onde estão os corpos dos que foram mortos pelas agressões sofridas?”
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