Alunos da Universidade de São Paulo visitam CGU para conhecer melhor Administração Pública
Alunos de graduação da Universidade de
São Paulo (USP) estiveram no auditório da Controladoria-Geral da União
(CGU) em Brasília, nesta terça-feira (4/9), para aprofundar os
conhecimentos sobre prevenção da corrupção, transparência pública,
controle social e, especialmente, a Lei de Acesso à Informação (LAI). A
iniciativa, que faz parte do projeto “A Cidade Constitucional e a
Capital da República” da USP e esta em sua sexta edição, visa a
aproximar o universitário da realidade da Administração Pública.
“Queremos conectar os alunos ao mundo
real”, afirma o professor da USP responsável pelas atividades, Marcelo
Nerling. O projeto busca superar o modelo de ensino meramente cognitivo e
centrado exclusivamente no professor. De acordo com o docente, o
objetivo é valorizar os conteúdos denominados atitudinais e transmitidos
por agentes públicos, que colocam os estudantes em contato direto com
problemas reais. “No contexto universitário, esse conhecimento os
estimula a associar as questões práticas com as teorias acadêmicas”,
disse Nerling.
O secretário de Prevenção da Corrupção e
Informações Estratégicas da CGU, Mário Vinícius Spinelli, fez a
abertura da apresentação e destacou como “fundamental o contato com a
academia para estimular a realização de estudos e pesquisas sobre
prevenção da corrupção”. Os analistas de Finanças e Controle Renata
Figueiredo e Álvaro de Souza complementaram a palestra falando sobre
transparência pública e controle social.
Essa é a segunda vez que a CGU é convidada a
participar do projeto e, nesta edição, a abordagem foi a LAI, pois,
segundo Nerling, a cada ano o projeto é dirigido ao tema mais atual na
agenda da Administração Pública. Ele assegura que as disciplinas
curriculares e os planos de aula estão até sendo revitalizados em
virtude da LAI e da 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e
Controle Social (Consocial). “Vivemos um novo paradigma de acesso
informação e de controle social que requer adaptações reflexivas sobre
uma novidade: a transparência ativa”, destaca o professor.
Concebido como curso de extensão, o
projeto ganhou status de disciplina optativa da Universidade no ano
passado quando começou a somar quatro créditos ao currículo dos
estudantes, sendo duplamente certificada, tanto para a graduação quanto
para a extensão. Neste ano, 217 alunos se candidataram à disciplina e 80
foram selecionados, tendo prioridade os que estão concluindo a
graduação. Dentre os escolhidos, 60 são do curso de Gestão de Políticas
Públicas, dez são de Gestão Ambiental e os outros dez são de Ciências da
Atividade Física.
Os custos com transporte,
alojamento e alimentação foram financiados pela USP e, segundo
Neerling, ficaram em R$ 40 mil. Os alunos chegaram à Brasília no domingo
(2/9) e já conheceram o Palácio do Planalto, a Escola de Administração
Fazendária (Esaf) – onde estão alojados , a Escola Nacional de
Administração Pública (Enap), os Ministérios do Esporte (ME) e da Saúde
(MS) e encerram a visitação nesta quarta-feira (5/9) com o Palácio da
Alvorada e a Câmara dos Deputados.
Um dos universitários que
participou da imersão, Caio Siqueira Marconato, de 22 anos, está no
último semestre de Gestão de Políticas Públicas e vai fazer o trabalho
de conclusão de curso sobre a Lei de Incentivo ao Esporte. Durante a
visita ao ME aproveitou para conhecer melhor o trabalho do órgão que
também servirá de fonte para sua pesquisa. “É uma oportunidade de
conhecer e ter contato com quem trabalha com o que ouvimos falar durante
o curso”, acrescenta. Marconato lembra que teve facilidade em encontrar
a Lei Orçamentária de São Paulo e o Plano Plurianual do Estado na
internet, mas o mesmo não aconteceu com alguns dados específicos que
deveriam estar disponíveis no Centro de Documentação da Secretaria de
Esporte de São Paulo. Para obtê-los, garante Marconato, irá utilizar a
LAI.
Assessoria de Comunicação Social
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