Do Blog DoLaDoDeLá - 20/09/2012
No mesmo dia em que ficamos sabendo que o Brasil teve o melhor desemprego para um mês de agosto em toda sua história e que mais de 50% dos brasileiros já pertencem à classe média, por mérito principalmente de mulheres e negros; em vez de discutirmos a qualidade dos empregos gerados no nosso país, se o salário é ou não adequado às necessidades básicas de nosso povo, ou se é justo ou não as margens de lucro de bancos, montadoras e outras transnacionais; os grandes portais de notícias estão mais preocupados com números de pesquisas eleitorais, de institutos pouco confiáveis, ou do mal-estar entre um candidado à prefeito e um apresentador de TV, ou ainda se o jogador Ganso, do Santos, vai ou não para o São Paulo.
Chega a ser triste, para não dizer o mínimo. Somos vítimas de permanente processo de alienação e emburrecimento e seguimos inebriados por nossos desejos e ações, quase tudo voltado ao consumo. Para relembrar a velha canção: "Enquanto homens exercem seus podres poderes, índios e padres e bichas, negros e mulheres; e adolescentes, fazem o carnaval."
Há dias em que somos tomados pela decepção. Um mundo injusto e cruel, onde o mais rico chega a ganhar 100 vezes a mais do que o pobre e que palavras, como compaixão, generosidade e justiça são quimeras, sonhos românticos de idealistas, uma fantasia utópica, bem ao gosto da festa "mais popular do mundo" transmitida pela TV.
Por essas e outras que: "a tristeza é senhora, desde que o samba é assim. A lágrima clara sobre a pele escura. À noite a chuva que cai lá fora. Solidão, apavora..."
A imagem do palhaço, que ilustra o post, é uma homenagem a dois grandes atores brasileiros, Paulo José e Selton Melo, que apesar de tudo, insistem em transformar nossa dor em riso. A produção independente que concorrerá ao Oscar levou um milhão e meio de pessoas aos cinemas.
No mesmo dia em que ficamos sabendo que o Brasil teve o melhor desemprego para um mês de agosto em toda sua história e que mais de 50% dos brasileiros já pertencem à classe média, por mérito principalmente de mulheres e negros; em vez de discutirmos a qualidade dos empregos gerados no nosso país, se o salário é ou não adequado às necessidades básicas de nosso povo, ou se é justo ou não as margens de lucro de bancos, montadoras e outras transnacionais; os grandes portais de notícias estão mais preocupados com números de pesquisas eleitorais, de institutos pouco confiáveis, ou do mal-estar entre um candidado à prefeito e um apresentador de TV, ou ainda se o jogador Ganso, do Santos, vai ou não para o São Paulo.
Chega a ser triste, para não dizer o mínimo. Somos vítimas de permanente processo de alienação e emburrecimento e seguimos inebriados por nossos desejos e ações, quase tudo voltado ao consumo. Para relembrar a velha canção: "Enquanto homens exercem seus podres poderes, índios e padres e bichas, negros e mulheres; e adolescentes, fazem o carnaval."
Há dias em que somos tomados pela decepção. Um mundo injusto e cruel, onde o mais rico chega a ganhar 100 vezes a mais do que o pobre e que palavras, como compaixão, generosidade e justiça são quimeras, sonhos românticos de idealistas, uma fantasia utópica, bem ao gosto da festa "mais popular do mundo" transmitida pela TV.
Por essas e outras que: "a tristeza é senhora, desde que o samba é assim. A lágrima clara sobre a pele escura. À noite a chuva que cai lá fora. Solidão, apavora..."
A imagem do palhaço, que ilustra o post, é uma homenagem a dois grandes atores brasileiros, Paulo José e Selton Melo, que apesar de tudo, insistem em transformar nossa dor em riso. A produção independente que concorrerá ao Oscar levou um milhão e meio de pessoas aos cinemas.
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