Foto: Danilo Verpa/Folhapress
Em sabatina realizada por Folha e UOL, candidato do PT em São Paulo ataca rival tucano: "ele não tem limites"; nesta quarta-feira, José Serra acusou Dilma de "meter o bico" numa cidade em que "mal conhece"
Questionado se o julgamento da Ação Penal 470, que corre no Supremo Tribunal Federal (STF), pode lhe trazer algum tipo de ascenção política e se o caso vem a calhar neste momento de eleições, Haddad disse acreditar que "não vem a calhar a ninguém", citando em seguida escândalos que envolvem outros partidos. "Você acha que o PSDB festejou o 'mensalão mineiro', ou o DEM festejou as denúncias contra o ex-governador [do Distrito Federal, José Roberto] Arruda?"
Haddad disse considerar diferente o caso de Marta Suplicy, que deixa seu mandato no Senado para assumir hoje como ministra da Cultura, do de José Serra, que deixou a Prefeitura de São Paulo em 2006 para se candidatar a governador. Na visão do petista, Marta não renunciou a seu cargo, podendo voltar no momento em que achar adequado ou se perceber que seu suplente não alcance as expectativas. Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo nesta quarta-feira revela que o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), suplente de Marta, é investigado por suspeita de enriquecimento ilícito.
Sobre o bilhete único mensal, principal proposta de sua campanha, Haddad garantiu que o benefício só deverá usar 1% do orçamento da Prefeitura de São Paulo. O candidato comparou o plano à proposta de Marta, quando lançou o bilhete único, e afirmou que ele pode sim ser integrado ao trem e ao metrô. "O convite [ao governador] está feito". O candidato afirmou que não é contra o paulistano ter carro, mas defendeu o uso de automóveis para passeio e aos finais de semana, "não na rotina". Haddad também criticou o plano apresentado por Celso Russomano (PRB) para a capital paulista. "Eu não consigo ver uma cidade com mais qualidade de vida com o esboço de plano que ele apresentou".
Campanha mais cara do País
O candidato do PT se esquivou sobre o motivo de sua campanha ter sido a mais cara do País - o candidato declarou ter usado, em dois meses, R$ 1,3 milhão em sua campanha. Haddad, que se declarou a favor do financiamento público de campanha, afirmou que, até aqui, a projeção de gastos de seu comitê não vai se confirmar. "Projetávamos um gasto que não vai acontecer". Em relação ao fato de a maior parte das empresas doadoras não doarem diretamente para sua campanha, mas para o partido – permitindo que o nome da companhia não seja revelado –, Haddad afirmou não tratar desse assunto.
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