Foto: Edição 247
Fundador do GGB (Grupo Gay da Bahia), Luiz Mott, disse que se até o dia 27 de setembro, data marcada para concessão do Título de Cidadão de Salvador ao pastor Silas Malafaia, a proposta não for invalidada pela Câmara Municipal, os membros LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) vão tirar a roupa em protesto na frente do parlamento; "A manifestação com o nudismo é a última tentativa do movimento LGBT baiano contra o acinte de se conceder uma honraria desta ao maior inimigo dos LGBTs do Brasil"
A polêmica concessão do Título de Cidadão de Salvador ao pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira (14). Em entrevista ao site Bahia Notícias, o fundador do GGB (Grupo Gay da Bahia), Luiz Mott, disse que se até o dia 27 de setembro, data da solenidade, a proposta não for invalidada pela Câmara Municipal, os membros LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) vão tirar a roupa em protesto na frente do parlamento.
"A manifestação com o nudismo é a última tentativa do movimento LGBT baiano contra o acinte de se conceder uma honraria desta ao maior inimigo dos LGBTs do Brasil", afirmou Mott. O fundador do GGB disse ainda que o grupo pretende intensificar as manifestações até a data da honraria. "Antes, vamos tentar impugnar a titulação, já que o regimento da Câmara exige relevantes serviços prestados à cidade, o que não aconteceu com ele (Malafaia)".
Na terça-feira (11), o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, com o consentimento de todas as 257 organizações que integram a associação, enviou ofício à Câmara Municipal solicitando a retirada do projeto.
Sob o argumento de que faz parte do Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas, a ABGLT se diz na missão de "promover ações que garantam a cidadania e os direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, contribuindo para a construção de uma sociedade democrática, na qual nenhuma pessoa seja submetida a quaisquer formas de discriminação, coerção e violência, em razão de suas orientações sexuais e identidades de gênero".
A ABGLT argumenta que o título a Silas Malafaia, supostamente, contrariaria essa diretriz, pelo fato de o pastor ter feito declarações no programa televisivo "Vitória em Cristo", em seu site na internet e em audiências públicas na Câmara dos Deputados, consideradas ofensivas aos gays.
Citam entre elas: "a homossexualidade é uma rebelião consciente contra o que Deus estabeleceu na Criação" e "Se toda prática deturpada, pecaminosa, imoral for legalizada, onde vai parar a nossa sociedade? Se a sociedade legalizar suas aberrações, ela se destruirá. Um erro moral nunca pode ser um direito civil".
O projeto de concessão do Título de Cidadão de Salvador a Silas Malafaia é do vereador Héber Santana (PSC) e já foi aprovado em plenário na Câmara.
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