Vamos reestatizar as vítimas da privataria tucana?
Se você tem conta em um
banco privado e transfere sua conta para um banco estatal, junto com muitos
outros brasileiros, o efeito é o mesmo que reestatizar aqueles bancos estaduais
que foram privatizados.
A carteira de clientes
e negócios daqueles bancos estaduais que foi vendida para um banco privado,
voltará para um banco estatal.
Você pode fazer essa
revolução silenciosa agora, com as próprias mãos, "sem dar um único
tiro". Basta trocar sua conta de banco, privado para público.
Apesar de todas
privatarias terem sido ruinosas para a nação, a pior privataria tucana não foi
a da Vale, nem do setor elétrico, nem das teles. A pior de todas foi a dos
bancos estaduais que, se era para desmantelá-los, deveriam ser incorporados aos
bancos públicos sólidos (CEF, BB, BNB, BASA).
Quando o governo tucano
privatizou o BANESPA, o BEMGE, o MERIDIONAL, o BANERJ, o BANESTADO, o BANEB, o
BANDEPE, etc. privatizou-se a própria moeda. Isso porque na economia moderna, é
o conjunto dos bancos que "criam" o dinheiro.
Quando os depósitos, as
poupanças e os créditos sob controle estatal foram para os bancos privados,
eles ficaram com a faca e queijo na mão para fazer a maior parte da política
monetária. O próprio Banco Central virou um leão sem dentes, comendo na mão do
chamado mercado.
Além do país quebrado,
esse foi um dos maiores fardos que Lula recebeu em 2003. Foi preciso reerguer o
BB, a CEF e o BNB, para retomar o papel de protagonista que estes bancos
públicos tiveram para reduzir a crise de 2008 a uma "marolinha". E
foi preciso regulamentar a portabilidade de contas e financiamentos bancários
para dar poder de escolha do correntista diante do poder dos bancos.
Agora a presidenta
Dilma volta à carga com o próximo passo, e usa a CEF (cujo controle é 100%
estatal) para fazer uma grande derrubada na taxa de juros. Com isso, o Banco do
Brasil (que é estatal, mas tem outros acionistas minoritários), acompanha para
não perder mercado. O cartel dos bancos privados procuram resistir, apostando
no comodismo do cliente que resiste em levantar do sofá e mudar de banco.
A estratégia dos
privados é empanturrar a TV, jornais e revistas com propagandas fantasiosas em
massa para não mudarem de banco, e só baixar juros para o cliente que der um
ultimato avisando que vai mudar de banco.
Além disso, anúncios em
massa fazem a alegria dos barões da mídia que, interesseiros, direcionam os
noticiários e escalam os "especialistas" para dar opiniões, do jeito
que os bancos privados gostam, contra a queda dos juros, atacando os bancos
públicos.
Quem tem dívidas
bancárias já tem um bom motivo pessoal para mudar de banco. Afinal quem não
gosta de trocar um financiamento por outro com prestação mais barata? Mas mesmo
quem não tem dívidas, há a motivação política para reestatizar pelo menos uma
parte do setor bancário.
Talvez estejamos
entrando na maior reforma econômica dos últimos anos, capaz de fazer outra
revolução silenciosa, como a que aconteceu no governo Lula com a distribuição
de renda fazendo milhões de brasileiros entrarem na classe média e
proporcionando um surpreendente crescimento do mercado interno.
Se o mercado bancário
for mais estatal do que privado, impondo juros civilizados com lucros menos
exorbitantes, o dinheiro, através do crédito, fica mais acessível a todos os
brasileiros, produzindo outro ciclo virtuoso para continuar dinamizando a
economia e gerar cada vez mais e melhores empregos.
Para algumas pessoas
pode ser chato trocar de banco, mas se ficar acomodado, pior é continuar
vivendo num país sob a ditadura dos bancos privados.
Com toda a conjuntura
desfavorável (pois a composição dos poderes no Brasil são majoritariamente de
forças capitalistas conservadoras), Lula fez e Dilma está fazendo a sua parte.
Cabe a cada um de nós também fazermos a nossa e reestatizarmos os bancos
estaduais, com a simples mudança de conta. Do contrário, não adianta ter
passado 8 anos gritando "Fora Meirelles".
(Os Amigos do
Presidente Lula)
Nenhum comentário:
Postar um comentário