quinta-feira, 12 de abril de 2012



Será a CPI do Cachoeira a PROCONSULT II da Globo?

Causou estranheza o Jornal Nacional da TV Globo, abrir fogo contra o PT bem acima do tom, quando o partido decidiu abrir a CPI do Cachoeira. Soou como uma ameaça de quem não quer a CPI.

A revista Veja a gente já sabe o que teme na CPI. Mas o que teme a Globo, para perder o equilíbrio emocional e racional?

Será que há relações da emissora com a arapongagem de Cachoeira, da mesma forma que houve com ex-agentes do SNI no episódio da Proconsult, quando tentaram roubar a eleição de Leonel Brizola no Rio, em 1982?

Na quarta-feira, o JN pinçou uma pauta que precisaria ser apurada contra o governador petista Agnello Queiroz (DF), e sem apurar nada, já transformou em uma trama jogando tudo no colo do governador (cujo nome sequer é citado nos diálogos, e apenas citado em uma analise superficial, também não apurada, de que um certo Magrão poderia ser ele). A matéria parece até feita pelos marqueteiros de Joaquim Roriz.

Na terça-feira, a Globo chegou a "pagar o mico" de fazer uma edição tão manipulada que transformou o grampo de um diálogo em um monólogo, para esconder informações do telespectador.

Pois o PT não deve temer nem mesmo desgaste político, pois Agnello não é candidato a nada neste ano. Aliás no Distrito Federal nem há eleições municipais. Logo, Agnello tem todo o tempo do mundo para esclarecer e para fazer a "faxina" nos escalões de baixo de seu governo, se realmente se envolveram com Cachoeira. Até 2014, quando haverá eleições e uma balanço do governo Agnello, a verdade estará restabelecida (inclusive pela CPI), e a Globo desmoralizada em mais um episódio.

Que venha a CPI ampla, geral e irrestrita, doa a quem doer. E pelo comportamento da Globo, já está doendo na emissora.Do blog os amigos do Presidente Lula.

 Nota do autor deste blog:
V e r d a d e i r o  a b s u r d o!

Depois de tantas manipulações, o que me faz lembrar o caso da  bolinha de papel do Serra, o Jornal Nacional me vem com mais essa:

A apresentadora Patrícia Poeta inicia a matéria dizendo que: "com base em conversas gravadas, a Polícia Federal 'afirma' que o governador Agnelo Queiroz pediu para falar diretamente com o bicheiro."

Mais à frente a própria matéria do Jornal Nacional mostra claramente a manipulação do início da matéria. Vejamos: -

"Está escrito no resumo feito pela Polícia Federal, a que o Jornal Nacional teve acesso: Dadá diz que Zunga ligou e que o zero - um, Magrão (dá a entender, segundo o analista da PF, que é Agnelo Queiroz), quer falar com Carlinhos."

Ou seja, o "analista" da Polícia Federal não afirmou nada, "ele dá a entender",  o que não é o mesmo que afirmar.

Agora,  cabe ao ministro da Justiça chamar este "analista" da Polícia Federal e perguntar a ele como é que chegou a esta informação, se não existe prova conclusiva de qualquer elo entre o governador Agnelo e o bicheiro cachoeira? E como este resumo chegou às mãos do JN se não é conclusivo e não prova nada contra o governador?

Se não se provar o elo significa que agiu através de sofismas o que permitiu a manipulação grosseira do JN.

sofisma
[Do gr. sóphisma, ‘sutileza de sofista’, pelo lat. sophisma.]
Substantivo masculino.
1.Lóg. Argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não conclusivo, e que supõe má-fé por parte de quem o apresenta; falácia, silogismo erístico. [Cf. paralogismo.]
2.Lóg. Argumento que parte de premissas verdadeiras, ou tidas como verdadeiras, e chega a uma conclusão inadmissível, que não pode enganar ninguém, mas que se apresenta como resultante das regras formais do raciocínio; falácia.
3.P. ext. Argumento falso formulado de propósito para induzir outrem a erro:

Vê se aprendem editores do Jornal Nacional!

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