domingo, 29 de abril de 2012


Posted: 28 Apr 2012 06:38 PM PDT
Fernando Brito, Tijolaço.com

Não está em pauta, na CPI do Cachoeira, o sigilo de fontes jornalísticas.

Ninguém se interessa em saber qual foi a fonte do senhor Policarpo Júnior, da Veja, para os oito anos de matérias bombásticas, com gravações de diálogos escusos e revelação de supostos negócios ilegais.

Não tem interesse, porque todos já sabem: Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o “empresário de jogos”.

O que se quer saber é outra coisa: como foi o pacto de interesses políticos firmado entre a revista e o contraventor.

Carlos Cachoeira não forneceu uma ou duas informações à Veja. Teve, sim, uma longa convivência que, em termos biológicos, teria o nome de mutualismo: uma interação entre duas espécies que se beneficiam reciprocamente.

Cachoeira usava a Veja como instrumento de seu esquema de coação, chantagem, propinagem.

Veja usava Cachoeira como fonte de combustível para a fornalha de seu ódio político contra governos de esquerda, Lula e Dilma.

A maior prova é que as ligações de Cachoeira com Demóstenes Torres e Marcone Perillo, dois aliados de Veja no campo político, nunca foram objeto de apuração por parte da revista.

Ao contrário, o tal “grampo” do diálogo entre Demóstenes e o então presidente do STF, Gilmar Mendes, foi apresentado como resultado de arapongagem governista e fez estragos dentro da Polícia Federal.

Repíto: não se quer saber quem era a fonte de Veja, porque isso já se sabe, mas quais foram as relações entre a revista e a editora Abril no uso de gravações clandestinas, que eram as ferramentas de chantagem de Cachoeira.”
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Posted: 28 Apr 2012 06:28 PM PDT

Wálter Fanganiello Maierovitch, Terra Magazine / Sem Fronteiras

“A correta decisão do ministro Ricardo Lewandowski de liberar, –para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito e o Conselho de Ética do Senado—,  todas as peças da investigação policial sigilosa sobre o chamado caso Carlinhos Cachoeira resultou em uma enxurrada de vazamentos à imprensa. As peças se referem às operações Vegas, — que apesar da gravidade dormiu no gabinete de Gurgel de 2009 a 2012—, e Monte Carlo.

Na essência, o sigilo é imposto no interesse da investigação. Um vazamento, –como sabem até os rábulas de porta de cadeia de periferia–, pode prejudicar uma apuração criminal. Por isso, e finda a investigação, o inquérito deveria, mas isso não acontece no Brasil,  ser levantado.

Entre nós e infelizmente ,o sigilo visa manter distante do conhecimento público falcatruas apuradas por poderosos e potentes que gozam de foro privilegiado. Por evidente, as increpações,– contidas no inquérito policial  e se objeto de ação penal–, ficam sujeitos à confirmação no devido processo legal, que tem na ampla defesa a sua pedra angular e na presunção de não culpabilidade (não se confunde, como já escrevi milhões de vezes, com a presunção de inocência, não acolhida na Constituição brasileira) uma garantia fundamental.

Das várias interceptações telefônicas realizadas, uma chama a atenção em especial. Ela mostra como a organização criminal de Carlinhos Cachoeira era tentacular, como a Cosa Nostra, quer a siciliana, quer a siculo-norte-americana. Ambas têm o polvo (la piovra) como símbolo.

De pronto, friso, que me refiro, — sobre a atenção especial–,  ao teor da interceptação publicada hoje na coluna do Ilimar Franco do jornal O Globo e sobre a conversa entre Cachoeira e o governador Marconi Perillo.

Antes da divulgação da peça, Perillo sustentava  que apenas uma vez atendeu Cachoeira e por ter ele pedido uma audiência. A revelação contida na supramencionada coluna do Ilimar Franco mostra a mentira de Perillo. E basta atentar para a consideração de Perillo para com Cachoeira, na conversa interceptada e que segue: “Parabéns. Que Deus continue te abençoando ai, te dando saúde, sorte. Um grande abraço prá você, viu” .
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