Os dez primeiros meses do governo Dilma Rousseff levaram à expulsão de 465 servidores federais - um número recorde na comparação com igual período dos últimos oito anos. A informação foi dada nesta sexta-feira (4) pela CGU (Controladoria-Geral da União), responsável por auditorias em órgãos federais e pelo Portal da Transparência. O período coincide com exonerações em série em várias pastas por suspeita de corrupção e de má gestão.
Segundo a CGU, houve 404 expulsões nos dez primeiros meses do ano passado. Em 2009 foram 352 e em 2008, 313. Desde o primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva, quando o órgão foi criado, houve 3.434 expulsões. Neste ano, o governo promoveu grandes mudanças, sempre após denúncias, nas estruturas dos ministérios dos Transportes, Agricultura e Turismo. Um movimento semelhante é esperado na pasta do Esporte.
A controladoria informou também que das 465 expulsões deste ano, 386 foram demissões do cargo efetivo, 46 destituições do cargo em comissão, e 33 cassações de aposentadoria. Quase 32% das expulsões (1.831 casos) aconteceu por "obtenção de vantagens". A improbidade administrativa aparece em seguida, com cerca de 20% do total (1.110 casos). Outros 316 servidores (5,4%) foram expulsos por recebimento de propina.
"Embora a grande maioria (56,6%) dos casos de expulsão esteja relacionada à prática de corrupção, há casos vinculados a outros problemas", disse a CGU em nota. Há 501 servidores (8,6%) expulsos por abandono do cargo, 281 (4,8%) por desídia (preguiça, desleixo), e 30% por como “outros motivos”. De Maurício Savarese
Do UOL Notícias
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